Faz algumas semanas que o blog fez três anos e eu fiz dezenove. Todas as emoções que eu senti podem ser sintetizadas na expressão "que loucura", visto que eu ainda me lembro de ter quinze e criar esse blog como se fosse ontem, e quase todo o tempo na minha cabeça parece ter sido ontem, talvez tudo tenha sido ontem mesmo, alguém injetou essas memórias falsas de vida na minha cabeça ontem e estou em uma simulação inescapável, socorro.
Desses dias para cá, tomei a primeira dose da vacina contra a covid, estudei, fui no médico e, por algum motivo, sonhei que o Elton John era meu avô. E fiz essas listas.
- Kieta Hatsukoi (em publicação): um mangá de Wataru Hinekure e Aruko, conta a história de um garoto que é apaixonado pela sua colega de classe, que é apaixonada por um outro colega deles e rola uma confusão que faz esse outro garoto achar que o primeiro garoto é quem está apaixonado por ele (é mais compreensível no contexto). É divertido, fofo, o protagonista é bissexual e isso é falado e tratado com bastante naturalidade e realismo, e o traço é uma graça.
- Tlon, Uqbar, Orbis Tertius: um conto de Jorge Luís Borges sobre países e planetas, conspirações, filosofia, matemática, linguagem, e várias coisas que eu não sei bem como resumir. Eu reli para uma aula e fiquei impressionada que cada vez que eu leio esse conto, eu acabo percebendo alguma coisa nova ou mudando minha interpretação em algum ponto, e parece que mesmo que eu já saiba toda a história, ela nunca me leva para o mesmo lugar.
- Morangos Mofados: o livro de contos mais famoso do Caio Fernando Abreu, e a primeira coisa que eu li dele. Os dezoito contos tem diversos temas, como desesperança, repressão, drogas, sexualidade, loucura, e também tem esse plano da vida no tempo da ditadura, com histórias que envolvem contracultura e o exército. É uma leitura bem densa, achei legal que prosa dele é cheia de fluxos de pensamento e consegue criar umas imagens bem vívidas na cabeça, talvez eu releia só para entender a dimensão toda em um futuro próximo. Gostei muito dos contos O Dia em que Urano Entrou em Escorpião, Aqueles Dois e Morangos Mofados, que dá nome ao livro.
Últimos pensamentos capturados
- Andei pensando em usar mais minhas redes sociais e mandar mensagens e ligar para um monte de pessoas. Só sei que me sinto distante, não sei quando virei essa pessoa tão não-social, mas a culpa só pode ser minha mesmo. Um tempo atrás, falei com um garoto que estudou comigo sobre a vida depois da escola, e ele me falou que achava que eu era uma espiã infiltrada na escola de tão misteriosa que eu parecia, o que eu achei engraçado, mas ao mesmo tempo me deixou levemente encabulada, acho que eu não aproveito nada direito. E esses dias só acentuaram esse sentimento de isolamento, e até agora eu não sei se ligo para vinte pessoas ou se deixo para amanhã mais uma vez.
- Eu deveria trocar esse layout, mas provavelmente não sei mais como fazer isso.
- Não tem nada de bom na TV nos domingos, pelo menos não quando você quer que tenha algo de bom. Eu passo os canais, vejo dois minutos de um programa de auditório, um filme ruim, um desenho, e tudo é tão monótono quanto o próprio dia de domingo, e eu continuo clicando nesse controle mesmo assim. Acredito que essa seja uma manifestação da Lei de Murphy.
Coisas que eu quero
- Que todo mundo se vacine logo (com as duas doses).
- Conseguir postar mais vezes no blog.
- Ter cada vez mais coisas legais para contar, agora que eu tenho dezenove anos.
Mari, 22.08.21.
Primeiramente, parabéns pelos três anos de blog e pelo seu aniversário! Quero muito ler morangos mofados, acho que vou comprar em breve. Nesses tempos de pandemia, acho que todo mundo se isolou um pouco. Um tempo atrás eu estava me sentindo exatamente assim, meio distante de todos, mas voltei a chamar os meus amigos para conversar e também procurei mais os meus amigos quando eu precisava de ajuda. Fui surpreendida quando descobri que pensavam que eu era "esquisita" nos tempos de escola! Espiã infiltrada parece bem menos pior hehehehe Beijo e boa semana, Mari ♥
ResponderExcluirAh, Jorge Luís Borges não é um escritor, é uma força da natureza, tão maravilhoso. Nunca li Morangos Mofados, mas o nome dessa coletânea de contos vive aparecendo em momentos da minha vida ~ acho que é um sinal de que eu deveria ler e LOGO. Também ando torcendo MUITO para todo mundo se vacinar com as duas doses logo ~ quem sabe assim as coisas não melhoram um pouco, né? Cansada de pandemia e suas consequências anti-sociais péssimas. Um abraço!
ResponderExcluirNão Me Mande Flores ♥
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ResponderExcluirUnimuda Sorong.......