Um mixtape e pensamentos de fim de ano

    Hoje é o último dia desse ano. Eu não sei bem o que dizer sobre ele, ou pensar. Penso muitas coisas sobre esse ano, mas nem todos esses pensamentos estão em palavras de qualquer língua. Ás vezes, é só uma nota muito fina e baixa que fica tocando perto do ouvido esquerdo ou a visão de um trem no instante que descarrilha. Nem tudo é fácil de resumir em palavras, então prefiro desejar que seus pensamentos e sensações nesse fim de ano estejam sendo os melhores possíveis.

    Há umas três semanas, eu terminei meu ensino médio. É estranho agora, porque minha ficha ainda não caiu direito. Talvez porque eu não acreditava que ia conseguir concluir, e porque todos os anos me pareceram uma eternidade; embora agora, depois de tudo, eu sinta que eles voaram. Inclusive, esse blog, que foi feito no meio do meu primeiro ano, fez dois anos, e eu tenho três anos a mais agora. Para guardar esse período todo, eu e minha melhor amiga fizemos duas mixtapes, um lado dela e um meu. Esse aí é meu lado da mixtape: um misto de músicas que eu escutei muito, trilhas sonoras de filmes e animes e coisas que me trazem memórias, mais ou menos organizadas em uma ordem que faz sentido.

    Fiz isso porque gosto muito de mixtapes e não deixo os CDs morrerem, e também porque eu gosto de deixar vestígios meus por aí. É que eu não sou mais a mesma pessoa que eu era há um tempo, mas ainda não sou outra pessoa. Eu me sinto uma coisa amorfa e híbrida. Acho que é o que as nuvens sentem, quando não são nem água corrente nem chuva que cai. E no futuro, eu quero me lembrar de como é ser uma nuvem.

    Por fim, desejo boas festas e tudo de bom nesse ano que chega em algumas horas a partir do final desse texto (dependendo do seu fuso-horário ou lugar no espaço-tempo, talvez ele já tenha chegado). Feliz ano novo!

Com amor, Mari.