Céu cinza suburbano

O concreto cinza da calçada
Transborda nas curvas do céu,
Misturam-se as linhas turvas
Em uma longa reta riscada
Por toda a infinita
Avenida acizentada.

A multidão caminha morta
Pela pintura escura e sórdida
Da fúnebre vida urbana,
Da tristeza de tripas expostas,
Os prédios, quietos, observam
A cidade decomposta.

Um buquê de rosas no lixo,
A fumaça cinza como um véu.
A solidão é o caixão dos vivos,
E a cidade, um mausoléu.

-Mari, 21.09.18

 Olá, gente! As últimas semanas andam sendo bastante agitadas graças ao meu período de provas. Meu tempo anda limitado nesse fim de ano, vou fazer algumas provas muito importantes em breve e estou em uma mistura de tensão e concentração aliados a um pouco de otimismo, o que é bem raro na minha pessoa realista-pessimista. Mesmo com muito para fazer, eu andei escrevendo bastante nos últimos dias e decidi postar esse poema aqui. Acho que já disse que não sou nenhuma poetisa (só uma jovem wannabe mesmo) porém eu ando praticando e gostando do resultado. Eu estou sem computador, o que dificulta um pouquinho para postar, mas acabei descobrindo um editor de texto para celular muito bom chamado Writer, que torna tudo mais prático, fica aí uma indicação. Enfim, é isso aí, e até a próxima.